terça-feira, 31 de outubro de 2017

Noite das Bruxas - Halloween

  As Bibliotecas Escolares desejam-te uma Noite das Bruxas cheia de bruxedos, feitiços, poções, fantasmas e ... muita diversão!
   Aqui fica uma sugestão de leitura para animar esta época.

 "Harry Potter e a Pedra Filosofal",
de J. K. Rowling





   No meio de tanto bruxedo, podes ainda ler a obra "Contos Fantásticos", de Edgar Allan Poe...


... e os mais novos podem divertir-se com o livro "A Bruxa Esbrenhuxa", de Margarida Castel-Branco.


Procura estes títulos na tua Biblioteca! Boas leituras!

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Mês Internacional da Biblioteca Escolar: Ligando Comunidades e Culturas

  Outubro é o Mês Internacional da Biblioteca Escolar, este ano dedicado ao tema "Ligando Comunidades e Culturas".
  Aqui fica uma sugestão de leitura para o 1º Ciclo

  Procura estes livros na tua Biblioteca! 

Orelhas de Borboleta
Luísa Aguilar/ André Neves
  A Mara não é igual aos seus colegas. Ela tem cabelo de palha de aço, a meia rota, sapatos velhos, não usa mochila e tem orelhas grandes. Os seus colegas troçam dela devido a essas diferenças...
  Uma história simples e bela sobre comportamentos discriminatórios e aceitação da diferença.
 

Este livro está disponível na Biblioteca Escolar da E.B. nº2.

Boas Leituras!

domingo, 22 de outubro de 2017

Alimentação: Mais Uma Sugestão de Leitura!

Hoje as Bibliotecas Escolares dão-te a conhecer mais uma história com alimentos e... um frade muito esperto!

Boas leituras!

O Caldo de Pedra

Era uma vez um frade finório que caminhava de aldeia em aldeia, 
e de casa em casa,
no seu peditório para conseguir comida p'ra ceia.
Bateu à porta de um lavrador, 
mas era gente muito agarrada 
que vivia à custa de muito labor
e não quiseram dar-lhe mesmo nada.
O frade, que sentia a fome apertar, apanhou uma pedra da calçada
e viu que estavam a olhar. 
Lavou-a muito bem lavada.
"Com esta pedra um caldo vou fazer."
Puseram-se a rir sem acreditar
"Faça lá o caldo que queremos ver!"
Era o que o frade queria escutar.

"Se me emprestarem uma panelinha..."
Deram-lhe a panela, água lhe deitou, 
meteu lá dentro a pedra que tinha, 
olhou para a gente e perguntou:
"Posso pôr a panela na lareira?"
E quando se pôs a chiar o frade comentou na brincadeira:
"Um pouco de unto vinha a calhar..."
Um bocado de unto lhe foram buscar.
O pessoal da casa estava pasmado.
O caldo ferveu e, depois de provar, o frade comentou:
"Está desconsolado. 
Precisa de sal para apurar, 
para melhorar o sabor da pedra."
Logo ali o sal foram buscar.
"Agora sim, vai ficar um primor."
"Com uns olhinhos de couve a boiar, 
e um naco de chouriço p'ra temperar... 
esta sopa irá consolar. 
Até um anjo que a venha provar!"
Depois de meter tudo na panela, 
deixou ferver bem 
e era um regalo o cheiro gostoso que saía dela. 
Pegou na colher e pôs-se a prová-lo!
Era um caldinho de apetecer!
Pegou no alforge e tirou o pão.
Pôs-se a comer e o beiço a lamber, 
até que se viu o fundo do panelão.

Só mesmo a pedra é que ele deixou.
"Senhor frade, então a pedra, não come?"


"A pedra vai comigo! 
Vai servir de novo para matar a fome!"

Muito esperto, não?

Texto adaptado de "Contos do Arco da Velha - O Caldo de Pedra"
Texto: Maria Teresa dos Santos Silva
Ilustrações:José Miguel Ribeiro

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Dia Mundial da Alimentação - Sugestões de Leitura

  O Dia Mundial da Alimentação comemora-se a 16 de outubro!
 As Bibliotecas Escolares sugerem-te histórias divertidas onde podes aprender mais sobre alimentos saudáveis e saborosos.

  Hoje vamos conhecer a história A Ovelhinha que Veio Para o Jantar, de Steve Smallman. 
  Num dia muito frio, um lobo, velhinho e com muita fome, recebe inesperadamente a visita de uma ovelhinha. Mal olhou para ela, o lobo começou logo a planear um belo ensopado de borrego... Mas a ovelhinha só queria ser amiga dele! 
  O que vai acontecer?  
 
― Oh não! OUTRA VEZ sopa de legumes! ― queixou-se o lobo, que já era velhinho.
― Quem me dera ter uma ovelhinha aqui à mesa. Fazia já um belo ensopado de borrego!
Eis senão quando…
TRUZ!
TRUZ!
Quem batia à porta era uma linda ovelhinha!
― Posso entrar? ― perguntou ela.
― Claro, minha querida! A casa é tua! Vieste mesmo à hora do jantar ― disse o lobo que, para além de ser velhinho, também era muito matreiro…
 A ovelhinha estava cheia de frio.
― BRRRR! BRRRR! ― fazia ela a tremer.
― Mas que azar o meu! ― sussurrou o lobo. ― Logo me calhou uma ovelhinha congelada! Não gosto de comida assim!
Então, o lobo lembrou-se de pôr a ovelhinha ao pé da lareira para ela se aquecer e, todo apressado, foi procurar a sua receita preferida de ensopado de borrego.





Mnham mnham!... Já lhe crescia água na boca só de pensar no seu delicioso repasto.
Mas não era só o lobo que estava com fome. A barriga da ovelhinha também já estava a dar horas…
― Mas que azar o meu! ― pensou o lobo. ― Não posso comer uma ovelhinha toda esfomeada! Até me podia fazer mal ao estômago!
Então o lobo ofereceu à ovelhinha uma cenoura.
― Assim, já tenho borrego recheado!
A ovelhinha devorou a cenoura tão depressa que ficou com soluços.
HIC,HIC, HIC! ― fazia ela sem parar.
― Ai, ai! Que azar o meu! ― lamentou-se o lobo. ― Quem é que come uma ovelhinha cheia de soluços? Até pode ser contagioso!
O problema é que o lobo não percebia nada de soluços.
Como é que se acabava com eles?
― E se eu atirasse a ovelhinha ao ar?
HIC!
Mas não resultou.
― E se eu a virasse ao contrário?
HIC!
Mas não resultou.
― E se eu a abanasse de um lado para o outro?
Mas também não resultou.
Então o lobo pegou na ovelha ao colo e começou a dar-lhe palmadinhas nas costas com a sua pata enorme coberta de pêlos!
Os soluços da ovelhinha não tardaram a passar e ela adormeceu num instante, enroscada no pescoço do lobo.
O lobo, que já era velhinho, ficou muito embaraçado porque nunca tinha sido abraçado pelo seu futuro jantar. E como seria de esperar, a fome, afinal, já nem era tanta…
A ovelhinha ressonava baixinho encostada às orelhas do lobo.
― RRRROOONCHHH! RRRROOONCHHH! ― fazia ela.
― Que azar o meu! ― queixou-se o lobo. ― Como é que vou comer uma ovelha que está a ressonar?
O lobo sentou-se na cadeira de balouço ao pé da lareira, com a ovelhinha nos braços.
― Já nem me lembro da última vez que alguém me fez uns mimos! ― reconheceu o lobo.
Mas assim que o lobo começou a cheirar a ovelhinha, ficou deliciado com o seu perfume!
― OHHH! ― suspirou o lobo. ― Se eu a comesse depressa ela nem sequer dava por isso.
E quando o lobo se preparava para engolir a ovelhinha…
…ela acordou e deu-lhe um grande beijinho! CHUAC!
― NÃÃOOO! ― gritou ele. ― Isso não vale! Eu sou um lobo mau e tu és um ensopado!
― Um enlatado? ― perguntou a ovelhinha a sorrir.
E confessou: ― Eu sei lá o que é isso!
― Que é que eu faço à minha vida?! ― exclamou o lobo. ― Bom, vais mesmo ter de te ir embora!
Muito decidido, o lobo pôs a ovelhinha na rua, mas primeiro deu-lhe um agasalho.
― SOME-TE DAQUI!!! ― gritou. ― Se ficares, como-te e depois já não te podes arrepender.
E com um grande estrondo fechou a porta. BANG!
Lá fora, a noite era escura e fria. E a ovelhinha não parava de bater à porta.
― Oh, Loobo! Looobo? ― suplicava ela. ― Deixa-me entrar!

Mas o lobo, que já era velhinho, tapou as orelhas com as patas e pôs-se a cantar “LA, LA, LA, LA, LA, LA, LA!” até a ovelhinha se calar.
Finalmente, tudo estava em silêncio.
― Ainda bem que ela já se foi embora! ― suspirou o lobo aliviado. ― Aqui ela não estava em segurança. Um lobo velho e esfomeado como eu e sempre capaz do pior!
Mas pouco depois, o lobo começou a pensar na ovelhinha, sozinha e desamparada na escuridão da floresta.
― Talvez morra de frio….
― Talvez ela se perca…
― Talvez caia nas garras de um bicho…
― OH, NÃO! O QUE É QUE EU FUI FAZER? ― perguntou ele arrependido.
Sem querer perder tempo, o lobo pôs-se de pé e abriu a porta. Mas infelizmente não havia sinal da ovelhinha.
O lobo, que já era velhinho, correu aos berros pela floresta fora:
― Ovelhinha, ovelhinha, volta, não tenhas medo! Prometo que não te como!
Passado muito, muito tempo, o velho lobo, triste e encharcado, regressou sozinho à sua quinta. Estava mesmo desanimado.
Abriu a porta e, qual não foi o seu espanto, quando viu a ovelhinha ao pé da lareira!
― VOLTASTE! És mesmo tu? Não tens outro sítio para onde ir? ― perguntou o lobo muito eufórico.
E a ovelhinha abanou a cabeça, dizendo que não.
― Que… que… queres ficar aqui co… comigo? ― convidou o lobo a gaguejar.
A ovelhinha olhou para ele, olhos nos olhos.
― E tu prometes que não me comes? ― quis saber ela.
― NÃO! CLARO QUE NÃO! ― afirmou ele. Como e que eu podia comer uma ovelhinha que precisa de mim? Até podia ficar com o coração partido…
A ovelhinha sorriu e atirou-se para os braços do lobo, que já era velhinho.
― Estás com fome, enlatado? ― perguntou ele.
― Que tal uma sopinha de legumes?
Vitória , vitória, acabou-se a história!
A história de um jantar que resultou numa grande amizade!
Boas leituras!

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

MIBE - Mês Internacional da Biblioteca Escolar

As Bibliotecas Escolares AERM assinalam, neste mês de outubro, o
 Mês Internacional da Biblioteca Escolar (MIBE).

Este ano, o tema que preside às comemorações é 
Ligando Comunidades e Culturas.

  Ao longo deste mês iremos divulgar livros e filmes que nos permitem viajar, conhecer e aprender com outras culturas! 

Boas Leituras!

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

5 de outubro - Implantação da República

As Bibliotecas Escolares assinalam o dia 5 de outubro.

Completam-se 107 anos desde que Portugal deixou de ser uma Monarquia  e passou a ser uma República.

Atual edifício da Assembleia da República
É neste local que se reúnem os deputados e
 o Governo de Portugal para tomarem as decisões sobre o País

Atual Presidente da República Portuguesa,
Marcelo Rebelo de Sousa
Mas como é que tudo aconteceu?
  Decorria o ano de 1910 e Portugal vivia uma crise económica e uma forte instabilidade política e social. Crescia o descontentamento popular relativamente à Monarquia, que se revelava incapaz de solucionar a crise que o País atravessava! Durante a madrugada do dia 4 de outubro, os republicanos, apoiados por militares e por um grande número de populares, saíram para a rua e, após alguns confrontos com as forças leais à Monarquia, saíram vitoriosos. Estava implantada a República em Portugal, proclamada por José Relvas, no dia 5 de outubro.

José Relvas proclama a República da varanda da Câmara Municipal
Lisboa, 1910

Quais são os símbolos da República?

O Hino Nacional, A Portuguesa, da autoria de Alfredo Keil (música) e Henrique Lopes de Mendonça (letra).

Heróis do mar, nobre povo, 
Nação valente, imortal, 
Levantai hoje de novo 
O esplendor de Portugal! 
Entre as brumas da memória, 
Ó Pátria sente-se a voz 
Dos teus egrégios avós, 
Que há de guiar-te à vitória!
Às armas, às armas! 
Sobre a terra, sobre o mar, 
Às armas, às armas! 
Pela Pátria lutar 
Contra os canhões 
Marchar, marchar!

Bandeira da República 
Bandeira Nacional
*A cor verde: representa a esperança no futuro.
*A cor vermelha: representa o sangue derramado pelos Portugueses.
*A esfera armilar: representa o Mundo que os Portugueses descobriram.
*Os sete castelos: simbolizam os castelos conquistados por D. Afonso III aos Mouros
*O escudo: lembra a defesa do País - as cinco quinas referem-se aos cinco reis mouros vencidos por D. Afonso Henriques, na batalha de Ourique; os cinco pontos brancos, que surgem em cada quina, representam as chagas de Cristo.

A Moeda do Escudo.
Moeda de 1 Escudo
1910
Mas o que é que isto significou? 


Monarquia
- Chefe de Estado: Rei Apoiado na governação pelos ministros.
- Como assume o poder: Geralmente pela via hereditária, isto é, de pai para filho (herda o trono).
- Abandona o cargo: Quando morre.

República
- Chefe de Estado: Presidente da República. 
- Como assume o poder? É eleito pelos cidadãos através do voto.
- Abandona o cargo: Quando termina o período determinado por lei (de 5 em 5 anos).
Areal Editores (texto adaptado)

Podes procurar na tua Biblioteca 
livros sobre a Implantação da República!

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Sugestão de Leitura - Outubro

As Bibliotecas Escolares sugerem, para o mês de outubro, 
o livro "Na Patagónia", de Bruce Chatwin.

A remota Patagónia, uma terra no fim do mundo, que Chatwin encontra numa visita de seis meses, é habitada por figuras errantes e exiladas, de gaúchos solitários a salteadores e foragidos, de mineiros abandonados aos índios da Terra do Fogo.

Fascinado por este sítio desde a infância, o autor atravessa toda a região, de Buenos Aires e Rio Negro até Ushuaia, a cidade no extremo sul, captando o espírito da terra, da sua história e da sua solidão, e conferindo-lhe uma dimensão poética, mágica e intensa.

Numa escrita prodigiosa, cheia de descrições maravilhosas e de histórias intrigantes, Na Patagónia narra as viagens de Chatwin por um lugar remoto à procura de um estranho animal e os seus encontros com outras pessoas, cujas histórias impressionantes o vão atrasando no caminho para um dos territórios mais fascinantes do mapa.



   
Bruce Chatwin (1940-1989) é um dos mais aclamados escritores de literatura de viagens de sempre.

Foi jornalista da Sunday Times Magazine durante vários anos, e a sua carta de demissão ficou célebre - no telegrama ao seu superior lia-se simplesmente: "Fui para a Patagónia."

O seu livro mais célebre é, justamente, Na Patagónia, um clássico da literatura contemporânea.

Quetzal Editores (texto adaptado)


   
"Decidi efetuar a travessia para a Terra do Fogo. Na margem norte dos primeiros estreitos, um farol às riscas brancas e cor de laranja erguia-se numa praia de seixos cristalinos, mexilhão lilás e carapaças escarlates de caranguejo vazias. À beira da água, ostraceiros debicavam molhes de algas avermelhadas à procura de marisco. A menos de duas milhas de distância, a costa da Terra do Fogo estendia-se numa faixa cor de cinza."
Bruce Chatwin, Na Patagónia.
Bruce Chatwin na Patagónia (1977)

Cadernos do escritor

Podes encontrar este livro 
na Biblioteca da ESCM.

Viaja com esta leitura. Vais gostar!